ADULTIZAÇÃO NAS REDES: o alerta que mobilizou famílias e o Congresso
- Ana Paula Mendes
- há 5 dias
- 2 min de leitura
O Tema “adultização” de crianças ganhou força após o vídeo do influencer Felca viralizar e expor como conteúdos com erotização infantil circulam e chegam ao feed de criminosos, o que acendeu um debate nacional e pautou o Congresso. A imprensa e analistas registraram que a discussão saltou das redes para a política, com parlamentares articulando medidas urgentes para coibir o problema.
Na Câmara dos Deputados, pelo menos 32 projetos foram apresentados em resposta direta às denúncias recentes, incluindo propostas que tipificam “sexualização digital” e exigem ações das plataformas para proteger crianças e adolescentes. Outra frente em estudo prevê multas de até 10% do faturamento para redes que não coibirem conteúdos que erotizem menores.
Os números mostram a dimensão do risco online: em 2024, mais de 52 mil páginas com material de abuso sexual infantil foram denunciadas por usuários brasileiros, colocando o Brasil entre os que mais reportam esse tipo de crime na internet, segundo SaferNet/InHope e Agência Brasil.
Depois que o assunto explodiu, eu gravei um vídeo e publiquei nas minhas redes, explicando por que a exposição pode parecer “inofensiva”, mas vira combustível para algoritmos e para criminosos e reforçando que rede social não é álbum de família. Falo como jornalista, mas também como mãe, em diálogo com tantas mães e pais que me acompanham: é nossa responsabilidade reduzir a exposição, conhecer as configurações de privacidade e respeitar as faixas etárias indicadas pelas plataformas e por guias oficiais do governo.
Enquanto o Congresso discute regras e responsabilidades das plataformas, especialistas repetem o recado: prevenção começa em casa, acompanhando o que os filhos veem e publicam e evitando conteúdos que os adultizem. A mobilização pública já trouxe o tema para o centro da agenda; agora, a proteção efetiva pede ação conjunta de famílias, escolas, autoridades e empresas de tecnologia.

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